sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Pesquisando lideranças efetivas diante da crise

Observatório JB traz nesta postagem comentários sobre pesquisas com executivos de diversos cargos em nível de direção (C-Level), a partir de publicação da Revista Forbes, com o objetivo de entender como esse grupo vem se comportando diante das novas demandas da Covid-19 em suas empresas.

Tempo aproximado de leitura:  6 minutos  

A revista Forbes divulgou resultados e comentários sobre pesquisa realizada pelo PageGroup, que em parceria com o Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral ouviu 230 executivos de diversos cargos em nível de direção (C-Level), com o objetivo de entender como esse grupo vem se comportando diante das novas demandas decorrentes da pandemia da Covid-19.

Algumas conclusões gerais apresentadas a partir dos dados de pesquisa dizem respeito a mudanças no ambiente corporativo, como por exemplo:

  •    Os executivos estão demonstrando mais agilidade nos processos decisórios.
  •     Na formação de equipes, a preferência se dá por candidatos com maior potencial.
  •     Dois a cada três líderes estão agilizando os processos.
  •     Pessoas de gerações diferentes responderam positivamente a se adaptar e trabalhar juntos.

O coordenador da pesquisa esclareceu que o trabalho demonstrou que “se o executivo não conhece a si mesmo, ele não saberá como utilizar os pontos fortes que tem e qual o impacto das atitudes dele na corporação. Ele deve ter coragem e estar preparado para evoluir junto com os novos cenários apresentados.”

Informações no “varejo”

Uma análise da pesquisa enfocando aspectos específicos da gestão nos dá conta de que:

1. 77% dos entrevistados, consideram que a adoção de tecnologia na empresa foi acelerada.

2. 65% dos líderes revelam que os dirigentes estão trabalhando em maior cooperação.

3. 40% dos entrevistados relatam que estão tomando decisões com maior rapidez.

4. 20% não notaram efeito significativo e apenas 3% informaram que as mudanças foram desaceleradas. 

Situações específicas pedem formas especiais de pensar e decidir.

Quanto à capacidade de adaptação a mudanças, colocada em xeque neste período, as opiniões dos pesquisados estabeleceram o seguinte formato:

1. 29% informam que está dando mais atenção às habilidades estratégicas.

2. 22% estão focados na gestão de pessoas e competências interpessoais.

3. 14% priorizam os custos e retornos financeiros.

4. 10% não percebem transformações significativas.

5. 10% dão mais ênfase à estrutura organizacional.

6.  6%   consideram importantes desenvolver habilidades criativas.

7.  5%  dão total atenção aos aspectos tecnológicos.

8.  3%  estão preocupados em conferir mais autonomia nas tarefas.

 

Estilos em alta

Aprofundando mais a análise dos dados obtidos o trabalho revela, entre outros pontos interessantes, a identificação de 4 características de liderança que se destacaram durante a pandemia. Elas variam em função das áreas de atuação, dos desafios enfrentados e da estrutura da empresa.  

A boa notícia é que todas as características são traços que podem ser moldados e potencializados.

Em cada dos estilos são destacados como "principais traços":

O líder cético

A maioria deles pertence a áreas que sofreram grandes impactos com a pandemia. Seus maiores desafios são relacionados à manutenção dos fornecedores, redução de vendas e da produção e paralização dos serviços. Apostam em reuniões remotas para alinhar os setores da empresa, mas tendem a tomar decisões sozinhos, para dar praticidade e agilidade ao processo.


O líder orientado a pessoas

Atua com foco na gestão da equipe, na segurança e na produtividade de todos. Destaca-se  por utilizar habilidades interpessoais e tende a promover, mesmo no trabalho à distância,  momentos de integração e troca de experiências tendo como alvo o bem-estar da equipe.

O líder autocentrado

Em geral é encontrado em empresas pequenas e médias, onde mesmo antes da pandemia já estavam habituados à tomada de decisões mais centralizada. A crise os levou a diminuir ainda mais a delegação, o que para eles é um movimento natural para o momento atribulado que estamos vivendo. Priorizam boas relações com fornecedores e a reestruturação dos gastos.

O líder confiante

Este tipo, apesar da crise, obteve bons retornos no último ano e, mantendo parcerias, obteve condições de crescimento. Valorizam a agilidade, tomam as decisões de forma mais descentralizada e são receptivos a novas ideias. Têm uma visão mais otimista dos próximos meses, seja no faturamento ou na possibilidade de contratações.

Esta é mais uma oportunidade para lembrar que a efetividade dos  estilos de liderança é, basicamente, situacional.

Lembrança importante 

Importante observar que o trabalho não se propôs a identificar tipos clássicos de liderança, da mesma forma como especialista e teóricos os abordam e classificam em seus trabalhos.

As quatro características mencionadas estão ligadas a aspectos do comportamento desempenhados pelos líderes pesquisados (em nível de direção), que neste período crítico de pandemia vêm produzindo melhores resultados nas respectivas áreas de atuação.

Ou seja: é uma boa classificação, mas apenas circunstancial. 

Sem generalizações, portanto.


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