Observatório JB traz nesta postagem comentários sobre pesquisas com executivos de diversos cargos em nível de direção (C-Level), a partir de publicação da Revista Forbes, com o objetivo de entender como esse grupo vem se comportando diante das novas demandas da Covid-19 em suas empresas.
Tempo aproximado de leitura: 6 minutos
A revista Forbes divulgou resultados e comentários sobre pesquisa realizada pelo PageGroup, que em parceria com o Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral ouviu 230 executivos de diversos cargos em nível de direção (C-Level), com o objetivo de entender como esse grupo vem se comportando diante das novas demandas decorrentes da pandemia da Covid-19.
Algumas
conclusões gerais apresentadas a partir dos dados de pesquisa dizem respeito a mudanças
no ambiente corporativo, como por exemplo:
- Os executivos estão demonstrando mais agilidade nos processos decisórios.
- Na formação de equipes, a preferência se dá por candidatos com maior potencial.
- Dois a cada três líderes estão agilizando os processos.
- Pessoas de gerações diferentes responderam positivamente a se adaptar e trabalhar juntos.
O coordenador da pesquisa esclareceu que o trabalho demonstrou que “se o executivo não conhece a si mesmo, ele não saberá como utilizar os pontos fortes que tem e qual o impacto das atitudes dele na corporação. Ele deve ter coragem e estar preparado para evoluir junto com os novos cenários apresentados.”
Informações no
“varejo”
Uma análise da pesquisa
enfocando aspectos específicos da gestão nos dá conta de que:
1. 77% dos entrevistados, consideram que
a adoção de tecnologia na empresa foi acelerada.
2. 65% dos líderes revelam que os dirigentes
estão trabalhando em maior cooperação.
3. 40% dos entrevistados relatam que
estão tomando decisões com maior rapidez.
4. 20% não notaram efeito significativo e apenas 3% informaram que as mudanças foram desaceleradas.
Quanto à capacidade de
adaptação a mudanças, colocada em xeque neste período, as opiniões dos
pesquisados estabeleceram o seguinte formato:
1. 29% informam que está dando mais atenção
às habilidades estratégicas.
2. 22% estão focados na gestão de
pessoas e competências interpessoais.
3. 14% priorizam os custos e retornos
financeiros.
4. 10% não percebem transformações
significativas.
5. 10% dão mais ênfase à
estrutura organizacional.
6. 6%
consideram importantes desenvolver habilidades criativas.
7. 5%
dão total atenção aos aspectos tecnológicos.
8. 3%
estão preocupados em conferir mais autonomia nas tarefas.
Estilos em alta
Aprofundando mais a
análise dos dados obtidos o trabalho revela, entre outros pontos interessantes,
a identificação de 4 características de liderança que se destacaram durante a
pandemia. Elas variam em função das áreas de atuação, dos desafios enfrentados
e da estrutura da empresa.
A boa notícia é que todas
as características são traços que podem ser moldados e potencializados.
Em cada dos estilos são destacados como "principais traços":
O líder cético
A maioria deles pertence
a áreas que sofreram grandes impactos com a pandemia. Seus maiores desafios são
relacionados à manutenção dos fornecedores, redução de vendas e da produção e
paralização dos serviços. Apostam em reuniões remotas para alinhar os setores
da empresa, mas tendem a tomar decisões sozinhos, para dar praticidade e agilidade
ao processo.
O líder orientado a
pessoas
Atua com foco na gestão da
equipe, na segurança e na produtividade de todos. Destaca-se por utilizar habilidades interpessoais e tende
a promover, mesmo no trabalho à distância, momentos de integração e troca de experiências
tendo como alvo o bem-estar da equipe.
O líder autocentrado
Em geral é encontrado em
empresas pequenas e médias, onde mesmo antes da pandemia já estavam habituados
à tomada de decisões mais centralizada. A crise os levou a diminuir ainda mais
a delegação, o que para eles é um movimento natural para o momento atribulado
que estamos vivendo. Priorizam boas relações com fornecedores e a
reestruturação dos gastos.
O líder confiante
Este tipo, apesar da
crise, obteve bons retornos no último ano e, mantendo parcerias, obteve condições
de crescimento. Valorizam a agilidade, tomam as decisões de forma mais
descentralizada e são receptivos a novas ideias. Têm uma visão mais otimista
dos próximos meses, seja no faturamento ou na possibilidade de contratações.
Importante observar que o
trabalho não se propôs a identificar tipos clássicos de liderança, da mesma
forma como especialista e teóricos os abordam e classificam em seus trabalhos.
As quatro características
mencionadas estão ligadas a aspectos do comportamento desempenhados pelos líderes
pesquisados (em nível de direção), que neste período crítico de pandemia vêm produzindo
melhores resultados nas respectivas áreas de atuação.
Ou seja: é uma boa classificação, mas apenas circunstancial.
Sem generalizações, portanto.
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