Observatório JB traz, nesta postagem, orientações e comentários sobre o papel da liderança no acompanhamento individual de performance, tendo em vista que, apesar de todas as transformações mais recentes, a interação humana efetiva continua sendo condição diferencial para assegurar o sucesso nos empreendimentos.
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Alinhamento
O início de ano, ou o retorno de férias, por serem ocasiões marcantes no
calendário – pessoal e profissional – são momentos oportunos para que as
lideranças realizem conversas de alinhamento com cada um dos membros da sua
equipe, ajustando expectativas e prognósticos quanto a desempenhos e metas: individuais
e da equipe.
Genericamente chamadas de “reuniões de feedback”, ocorrem com
maior regularidade em empresas que mantém programas formais de gestão de
desempenho, nas quais são compulsoriamente realizadas em períodos programados
pela direção ou por política de gestão de pessoas.
Na prática deveriam existir em qualquer empresa, independentemente de programas
compulsórios, porque a interação humana sempre foi condição essencial para a
gestão da força de trabalho, contribuindo para o fortalecimento das equipes e no sucesso
dos empreendimentos
São momentos que não deveriam motivar ansiedade ou preocupação porque, em princípio, a demanda por comunicação com pessoas é inerente às funções de liderança. Além do mais, repetindo, tudo na empresa só acontece porque existe a atuação de pessoas - planejando, organizando, liderando, executando ou controlando.
E, até prova em contrário, todos jogam no mesmo time...
Como fazer
Preparações para este fim existem inúmeras - cursos, livros, artigos, vídeos etc. à disposição dos interessados
para orientação e formação. É uma questão de interesse na própria excelência.
Entretanto, com ou sem programa formal, se algum empresário ou executivo pretende
exercer plenamente o papel de líder, deve entender que obter capacitação para
este tipo de atuação junto à equipe é decisivo.
As boas práticas para orientação de gerentes e líderes em geral dizem,
em linguagem comum, que: “em lugar de aprender os truques do ofício é melhor
buscar a qualificação para exercer plenamente o seu papel de ofício”.
Abrindo mão dessa máxima e de olho nos iniciantes no
ofício, temos aqui alguns pontos chave a serem considerados para a condução de
reuniões individuais com foco em análise de desempenho, fixação de metas e
objetivos futuros e/ou orientação para melhoria de performance individual.
São os
passos básicos a serem considerados, pontuando ações e atitudes da liderança - antes,
durante e ao final de encontros de análise de desempenho (ou feedback).
1.Prepare-se previamente. E elabore um roteiro para auxiliar na condução
da conversa, inclusive considerando uma eventual “quebra gelo” para diminuir
tensões.
2.Tenha à mão descrições de cargo e registros de reuniões recentes a respeito de desempenho. E considere todas essas informações na sua preparação.
3.Estabeleça um clima de clareza, abertura e, principalmente, de confiança
mútua. E deixe claro que ambos estão “do mesmo lado”, como deve ocorrer em uma boa
equipe.
4.Faça, ao início da conversa, um resumo sobre o seu propósito e os
resultados que quer obter. E explicite os objetivos e os benefícios do encontro
para todos.
5.Prepare-se para fazer algumas anotações (certamente ambos precisarão). E
construa um sumário do que foi ajustado, registrando pontos para futuro acompanhamento.
6.Tanto para as observações de desempenhos positivos quanto para aqueles
que requerem melhoria, seja factual. E utilize como evidências exemplos do cotidiano.
7.Termine o encontro com observações positivas, estimulantes e amistosas. E
demonstre autenticidade ao citar as suas expectativas sobre o desempenho futuro.
Importante relembrar
Utilizando a forma repetitiva como ênfase cabe lembrar que, longe
de esgotar o assunto, esses 7 itens representam - para quem está iniciando ou pretende
passar a fazer bem feito o seu papel de líder junto à equipe - apenas um marco
inicial.
Para quem chegou a este ponto do texto cabe ressaltar que as novas formas
de trabalho - remoto, híbrido etc. – tornam cada vez mais necessário que
empresários e executivos estejam habilitados para uma prática contínua de
acompanhamento, desenvolvimento e comprometimento das equipes com o trabalho e
com os resultados dos negócios.
Preparar-se para uma simples rodada de avaliações (a duras penas) é
muito pouco, porque a vida real das empresas requer ações efetivas e não dá tempo ou espaço suficientes
para respostas evasivas ou contestadoras de quem está liderando. Como diz a expressão popular já consagrada: "aceitar dói menos"
Porque a implementação de um modelo objetivo e direto de acompanhamento de performance com interação humana efetiva continua sendo - agora mais do que nunca - condição para o sucesso dos empreendimentos.
E, arrematando, feedback final: quanto menor for a prática desses itens básicos na vida real, maior a necessidade do líder ser orientado, informado, formado etc.
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