quarta-feira, 29 de julho de 2020

A Era da informação em crise

Neste Observatório JB, temos comentário de artigo publicado no site do Forum Econômico Mundial sobre as transformações no mundo corporativo por conta do covid-19, efeitos para as organizações e a sociedade.
E veremos também como a crise expôs as deficiências da chamada "Era da Informação"
                    Considere um tempo de leitura de aproximadamente 7 minutos

Em artigo publicado neste mês no site do Forum Econômico Mundial (WEForum) o CEO da HP, Antonio Neri, expõe sua perspectiva a respeito das transformações mais imediatas no mundo corporativo por conta do covid-19 e os seus efeitos para todas as partes interessadas (stakeholders) e a sociedade como um todo. No seu ponto de vista a crise do covid-19 encerrou a "Era da Informação" e inaugurou a "Era do Insight".

“O covid-19 introduziu desafios que a sociedade não estava pronta para enfrentar”

O executivo, que é também líder do grupo “Campeões CEO do Fórum Econômico Mundial sobre Aceleração da Transformação Digital em um mundo pós-COVID-19”, enfoca três pontos como referências fundamentais para se entender essa transformação.

  • A crise do COVID-19 funcionou como agente catalisador de mudanças rápidas e trouxe a oportunidade de acelerar em direção a um futuro melhor.
  • Chegou uma nova era definida por ideias e descobertas que beneficiam toda a sociedade.
  • A tecnologia desempenhará um papel crucial para garantir que essa transformação seja sustentável, inclusiva e confiável.

Em nosso Observatório identificamos que transições como a transformação digital e o home office, fartamente citados em inúmeras publicações há algum tempo, já poderiam ter sido implementadas de forma mais efetiva, bem antes da ocorrência dessa crise, não fosse a postura conservadora da alta direção das corporações.

Tanto assim que o próprio CEO admite no seu artigo, “...estamos convertendo (os assuntos corporativos) para um mundo digital tornando-se totalmente conectado da noite para o dia...” e depois conclui reconhecendo que “o futuro sobre o qual todos conversaram antes da pandemia está agora aqui, antes do previsto.

Quanto aos próximos passos, prevê que a condição para que tudo seja consolidado sem maiores sustos é garantir a proteção dos dados e tomar medidas para não deixar ninguém para trás nesta nova economia digital – o que é uma interessante visão de mundo e de negócio, que pode de fato produzir um progresso sustentável.

Daí a manifestação de otimismo quanto ao que ele chama de “a Era do Insight”.

 “Hoje, estamos entrando na Era da Insight - uma nova era que é definida por ideias e descobertas que beneficiam a todos e que elevam o bem-estar de todos os seres humanos neste planeta.”

O insight é figura bastante conhecida na literatura e na prática da psicologia e pode ser definido, de uma forma ampla, como a compreensão repentina de um problema, ocasionada por uma percepção mental clara e, geralmente intuitiva, dos elementos que levam a sua resolução.

Isso implica, no contexto apresentado, que o maior desafio das lideranças neste momento de transformação seja aproveitar os benefícios da “era do insight” para apoiar o “great reset” (como é tratada no WEF o que nós aqui chamamos de retomada da economia) e, acima de tudo, não repetir os erros do passado recente.

Isso porque, não se pode negar, seja pelo pouco apetite para implementar transformações (a postura conservadora já citada), ou por incapacidade de se opor à resistências dos executivos da média gerência - que não raro constroem verdadeiras trincheiras para defender a manutenção do status quo - as empresas tem desperdiçado seguidamente oportunidades de progredir, pelo requerimento cada vez intenso de decisão segura, pela necessidade de uma quantidade de informações sempre crescente, pela dependência de análises mais e mais detalhadas... E por aí vai.

E quem perde... somos todos nós.

Vejamos por exemplo dos sistemas de BI – Business Intelligence, que estão aí analisando um sem número de dados e produzindo "toneladas" de informações a fim de diminuir o risco na tomada de decisões. O que acontece na hora de decidir? O tomador de decisões pede mais e mais informações, nunca se satisfaz ou  alcança certeza suficiente para uma decisão - que tem de ser - 100% segura.

Aí surgiu a pandemia. Nas empresas, uma parte foi trabalhar em casa sem uma articulação planejada, outro grupo ficou sem os recursos necessários para trabalhar adequadamente e uma terceira parte não pôde produzir porque foi paralisada pelo pânico ou atingida pela doença.

E dentro desse clima de enorme insegurança, com as equipes dispersadas e as informações desencontradas, as mudanças represadas vão se sucedendo. São feitas experiências, ajustes, adequações... e funcionou!

Afinal, esquecem algumas pessoas, 100% de segurança ou certeza não existe.

Bastante esclarecedor é o relato feito no artigo narrando o tratamento de informações no início da pandemia. Chega mesmo a ser dramático, na medida em que demonstra o que ocorria enquanto profissionais de todo o mundo compartilhavam planilhas para rastrear a necessidade de utilização e a capacidade de atendimento dos hospitais - com vidas em risco:

“ tínhamos enormes quantidades de dados que não podíamos analisar. E o que analisamos frequentemente produziu respostas conflitantesApesar de décadas de investimento em tecnologia, havia centenas de conjuntos de dados escuros e desconectados. Pesquisadores e profissionais de saúde ficaram sobrecarregados com o volume de dados, incapazes de criar insights e ações a partir dos oceanos de informações.”

A narrativa é concluída com a afirmativa de que não há como repetir tal fracasso e que isso demonstra estarmos chegando ao final da "Era da Informação", a qual se concentrou em gerar e coletar grandes quantidades de dados que não puderam ser reunidos para fornecer informações oportunas e produzir ações para mudar nosso futuro.

Na passagem para a “era do insight”, dentro do respectivo papel na sociedade, todos devem assumir a sua parcela de responsabilidade para alavancar a tecnologia e melhorar o bem-estar das pessoas. Nesse ambiente a transformação digital é importante dentro de novos princípios e prioridades. Mas, acima de tudo, para tornar a próxima onda de progresso uma realidade, é preciso trabalhar juntos.

E o trabalho colaborativo, sendo uma das formas mais práticas e eficazes para a produção de insights, pode mesmo fazer a diferença.

Necessita de informações adicionais? Faça contato conosco.
contato@jbconsul.com.br

Visite o nosso site: www.jbconsul.com.br

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Pequenos Negócios -Vantagens e Necessidades

Neste Observatório JB vamos conferir como os pequenos negócios fazem muito bem à economia, a aspectos sociais e até mesmo à qualidade de vida da população. Veremos também que precisam de melhorias estruturais e que os clientes sabem  bem quais são.

           Considere um tempo de leitura de aproximadamente 5 minutos

Small is beautiful
Aqueles que, no início desta interminável quarentena, tiveram dificuldades para comprar itens de primeira necessidade em grandes fornecedores, supermercados, lojas especializadas, etc. e só conseguiram resolver esses problemas no comércio próximo das suas casas, vão facilmente entender o rumo deste assunto. 

Comecemos com uma breve passagem pelo início da década de 70 do século passado quando E. F. Schumacher - que atuou por longo tempo junto ao governo britânico como conselheiro-chefe de economia, publicou um livro com este título, que viria a se tornar sua obra mais conhecida, com 4 milhões de cópias, tradução para vários idiomas e direito a figurar entre as publicações de maior influência na formação de ideias na 2ª metade do século XX. 

Os pontos mais enfatizados eram a defesa da produção em pequenas unidades, a descentralização e o foco no ser humano. O livro tornou-se ponto de referência para defensores de temas relacionados a ecologia, sustentabilidade, consciência social, bem como outros assuntos e ideias afins.

Cerca de 20 anos depois o pensamento de Schumacher chegou ao mundo corporativo e a expressão “small is beautiful” assumiu o status de estrela, repetida com ênfase por empresários, especialistas em gestão, livros, artigos, seminários, palestras de consultores e virou mantra de gurus de ocasião. 

E o mundo dos pequenos negócios começou a ser apreciado com um novo olhar pelos empreendedores.

                                                                                                          Imagem: neweconomics.org

Maiores informações sobre Schumacher, sua obra e desdobramentos, em http://www.centerforneweconomics.org/
Desde a sua fundação em 1980, o Schumacher Center tem sido uma referência na construção de economias locais.

Compre do Pequeno Negócio
No Brasil algumas campanhas com incentivos às pequenas empresas foram feitas de forma pontual e hoje, em 2020 – em plena pandemia, os pequenos negócios respondem por 30% do valor adicionado ao PIB do Brasil, segundo estudo “Participação das MPE na economia nacional e regional”, elaborado pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Representam mais de 95% do total de empresas e geram mais da metade dos empregos formais do país.

Conforme informações do Sebrae, de 2006 a 2019 as micro e pequenas empresas apresentaram um resultado positivo no saldo de geração de empregos formais, com a criação de cerca de 13,5 milhões de vagas de trabalho. Elas têm ainda a vantagem de menor propensão a demitir em momentos de crise, pois operam com poucos funcionários, contribuindo para reduzir este tipo de impacto sobre a economia.


Pontos Fortes e Oportunidades para Melhoria
A importância dos pequenos negócios tem sido percebida por todos como crescente, independentemente de circunstâncias como esta do covid-19. Seu papel é decisivo para a sociedade em termos econômicos, sociais e em outras questões que alcançam até a qualidade de vida. 

Para termos uma noção aproximada do que isso representa é só pensar em situações como a comodidade de bairros com a presença local de muitos tipos de serviços, a possibilidade de se livrar de problemas de trânsito congestionado ou dificuldades para estacionar, o atendimento personalizado e as entregas rápidas, a satisfação de clientes segmentados por interesses e expectativas específicas. E por aí vai... 

A observação que pesa como crítica mais forte aos pequenos negócios diz respeito à produtividade. No cálculo da produtividade média da economia (divisão do valor adicionado pelo quantitativo de pessoal ocupado) o trabalho da FGV mostrou que as pequenas empresas apresentam produtividade mais baixa em relação às médias e grandes empresas.

Ainda que esses resultados signifiquem um progresso perante anos anteriores, está claro que há muito a evoluir porque “enquanto os pequenos negócios geraram, em média, R$ 53 mil, as grandes empresas contribuíram, em média, com R$ 90 mil de valor adicionado por pessoa ocupada ...”.

É verdade que os avanços em tecnologia têm sido evidentes, seja nos equipamentos utilizados, nas modalidades de pagamento disponibilizadas, nos sistemas de controle existentes e, mais recentemente, na adoção de formas de venda não apenas presenciais. 

Mas, quanto à qualificação, ao desenvolvimento humano e à agilidade dos processos de trabalho – principalmente aqueles voltados aos clientes e à produção de informações para a tomada de decisões para gestão do negócio –  a carência é grande, como tem sido repetidamente sinalizado neste Observatório.

Até hoje os pequenos negócios conquistaram, com justiça, o seu espaço na preferência dos clientes. Agora, porém, que estão no centro das atenções, o nível de exigência dos clientes tende a crescer e aqueles que não aproveitarem a seu favor a imensa quantidade de observações e informações que apontam as necessidades de profissionalização nesses aspectos da gestão, encontrarão dificuldades para melhorar os seus resultados e manter o seu lugar no mercado.

Sendo mais simples e direto: em pesquisas de mercado é comum ouvirmos o cliente comentar, na avaliação de satisfação de alguma empresa, que "de nada adiantaram os investimentos em instalações e equipamentos, porque o processo de trabalho e a qualidade do atendimento ao cliente continuam deficientes".

Está aí o diagnóstico, dado pela parte interessada mais importante: o cliente.


Adicionalmente:

  • Se a sua empresa é de grande porte, contribua para fortalecer a gestão dos pequenos negócios que fazem parte da sua cadeia produtiva desenvolvendo esses parceiros.
  • Se a sua empresa é de médio ou pequeno porte e se identifica com as oportunidades para melhoria apresentadas, procure orientação profissional especializada. 

Tem dúvidas ou necessita de informações adicionais? Faça contato conosco.
contato@jbconsul.com.br



domingo, 12 de julho de 2020

Home Office X Teletrabalho = Problemas à Vista

Observatório JB traz informações e caminhos para o período de pós-pandemia em aspectos que, no ambiente de crise, empresários e executivos vêm passando ao largo. São eles: as particularidades do teletrabalho segundo a legislação, e as principais competências que os empregados devem possuir para desempenhar com sucesso e resultados o home office. 
                               Considere uma leitura com cerca de 7 minutos.

Para algumas empresas as mudanças necessárias pelo isolamento social vieram acelerar a adoção de algo que já seguia uma tendência planejada, mas sem implementação definida: o home office. Para outras – a maioria – houve um misto de improvisação e correria, que pelo passar dos dias vem se ajustando e buscando resultados mais efetivos com melhorias contínuas.

Agora que o susto inicial já passou, é o momento adequado para empresários e executivos entenderem com mais detalhe os ganhos, as perdas, os riscos e as exigências dessa forma de trabalhar, que recebeu elevados índices de satisfação tanto entre empresas como empregados, como noticiado em todas as pesquisas  divulgadas.

 

Um olhar quantitativo: baseados em uma evolução histórica, dados do IBGE de 2018 identificaram 38,8% dos trabalhadores do país com posto de trabalho em casa, o que na ocasião significava um crescimento expressivo (44,4%) perante a primeira medida efetuada pelo Instituto em 2012. Com o surgimento da pandemia do covid-19 esta participação cresceu a patamares inéditos e imensos.

Um olhar qualitativo: o excelente relatório Tendências de Marketing e Tecnologia 2020 - Humanidade redefinida e os novos negócios”, produzido pelo Institute for Technology Entrepreneurship Culture,  com foco no pós-coronavirus e que aborda com propriedade questões sobre o trabalho,  apresenta em sua abertura citação de um dos seus realizadores, que bem define como o convívio com essa nova realidade deve se dar. Ele diz:

“É fundamental que os líderes de negócio pensem, testem e compreendam que a tecnologia é, cada vez mais, um ativo humano. Diante desse novo cenário, torna-se necessário entender que o passado não é mais um guia para o futuro.”


Por tudo isso podemos afirmar, relativamente ao assunto de hoje,  que mesmo não sendo o home office  o modelo planejado pela sua empresa para o futuro, vale à pena saber como ele funciona para superar com mais assertividade situações como as que se apresentaram com o afastamento social e a necessidade de quarentena provocada pela pandemia do covid-19. Já para quem estiver planejando este modelo de trabalho para o futuro próximo, é decisivo se preparar para lidar com algumas questões a fim de evitar incorrer em problemas que passarão a fazer parte desse “novo normal”.

Aspectos da legislação: Teletrabalho ou home office
Neste primeiro instante, seja pelos inúmeros problemas a serem solucionados por conta da pandemia, ou pela necessidade de respostas rápidas e criativas das empresas, dos profissionais ou dos legisladores, a diferença entre essas duas situações ainda não recebeu a prioridade devida ou foi discutida com profundidade nas corporações. 

Mesmo porque, considerando-se que estamos diante de uma situação caracterizada como "estado de calamidade" não exite ainda a presença de um fator decisivo em qualquer discussão e avaliação no campo da legislação do trabalho: a habitualidade.

Só que, independentemente disso, já existem diversos artigos de especialistas em legislação trabalhista dando partida a possíveis discussões a respeito do entendimento de que teletrabalho e home office são figuras diferentes perante a CLT e que as empresas estão confundindo os conceitos.

Neste Observatório JB vamos abrir mão de considerações sobre conceitos e posicionamentos jurídicos. Para conhecê-los é suficiente pesquisar em qualquer buscador “home office e teletrabalho” que inúmeras versões, interpretações e opiniões serão apresentadas.  Para acessar ao texto da legislação em vigor referente ao teletrabalho, este encontra-se na Lei Nº 13.467, De 13 de julho de 2017Capítulo II-A. Artigo 75.

O alerta deste momento é devido ao fato de que estão envolvidos como alvo das considerações citadas acima aspectos que podem impor sanções e custos ao empregador, em decorrência do que contém a legislação relativa ao teletrabalho (não há legislação classificando ou normalizando home office). Questiona-se temas como pagamento (ou não) de horas extras, restrição do conceito de teletrabalho àquele que se efetua com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação, registro das condições do teletrabalho especificado em aditivo ao contrato de trabalho (inclusive no que se refere à aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto), entre outros.

Consequentemente, é importante que empresários, executivos e profissionais comecem a colocar sua atenção sobre o assunto e se preparem para agir de forma oportuna, preparando suas empresas para os próximos passos: mais seguros e com menor risco, como requer o tratamento de questões em ambiente de crise.


Aspectos das competências: novo normal = novas competências
Considerando que o trabalho em home office tem recebido avaliação satisfatória da maioria dos empregados e das empresas, é alta a probabilidade de que venha a ser adotado como forma de trabalho majoritária para as atividades em que a modalidade puder ser aplicada, como mais um dos itens do “novo normal”.

Assim, de um lado, torna-se prioritário começar a entender de forma mais estruturada as condições que devem ser proporcionadas aos empregados para que executem com resultados positivos o trabalho em home office. Tais condições são, minimamente: estrutura de organização ágil; softwares adequados às operações; gestores habilitados para monitorar o trabalho à distância; comunicação interna constante e atualizada; avaliação de performance e resultados com fatores adequados, e criação de cultura organizacional favorável a este modelo de funcionamento.

De forma não menos importante é preciso aprofundar o entendimento sobre os requisitos profissionais e comportamentais requeridos para o adequado exercício de atividades dessa natureza, porque o sucesso do  modelo exige competências mais fortes em alguns aspectos que as demandadas pelo trabalho presencial.

relação abaixo pretende auxiliar as empresas listando as principais competências que os profissionais a serem designados para o teletrabalho (ou home office, já que neste momento ainda não há uma diferenciação formal entre ambos) devem possuir.

Não há aqui a pretensão de esgotar os requisitos a serem definidos pelas empresas, pois o seu conjunto total depende, entre outros fatores, de características do negócio, da cultura ou do ambiente corporativo.

Mas dê preferência àqueles que demonstrem aptidão para atuar com:

  • autonomia
  • flexibilidade
  • solução de problemas
  • administração do tempo
  • definição de prioridades
  • foco
  • autodisciplina
  • motivação para o trabalho
  • comunicação verbal efetiva
  • utilização plena dos recursos tecnológicos empregados

Para terminar fica o alerta:

A efetiva utilização dos recursos de tecnologia da informação e comunicação apoiada em uma estrutura de trabalho desenvolvida para dar agilidade à operação dos negócios e à solução de problemas proporciona vantagem competitiva e resultados favoráveis. O que, não há dúvidas, é muito positivo.

No entanto, quando mal organizados ou entregues em mãos não qualificadas, esses recursos tendem a produzir, pelo volume de informações processadas, uma quantidade de erros e problemas muito maior em um espaço de tempo muito mais curto. O que, também não há duvidas, é extremamente negativo.

     Por isso, já que o tema é de relativa novidade e tem impacto em resultados, a recomendação         final é:   
     Busque ajuda profissional para avaliar as condições do seu pessoal para atender a este “novo        normal”.

Quer informações adicionais?  Faça contato conosco.

contato@jbconsul.com.br

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Reconhecendo alta performance durante a crise

 Sabemos que há uma crise: lá fora; aqui dentro (de nós mesmos); em nossa empresa; no mercado; na economia; no país e no exterior.


Nessa crise alguns trabalham de casa (e como disseram as pesquisas, aparentemente mais),  outros têm que se expor a riscos de contaminação maior junto ao público ou nas ruas face à natureza da sua ocupação, profissionais precisam dar uma carga de trabalho maior e mais extensa porque colegas adoeceram com covid-19, e existem também aqueles que, por comprometimento, ultrapassam os limites das responsabilidades dos seus cargos para que oportunidades de negócios não sejam perdidas ou problemas sejam solucionados a tempo - apesar das dificuldades, entre outros desempenhos dignos de reconhecimento.

Na prática corporativa, todos dão a sua contribuição para os resultados.

Com a crise quase generalizada, provavelmente nossa empresa está afetada de algum modo e, consequentemente, enfrenta restrições financeiras que impedem despesas e investimentos. Porém é importante lembrar, que pessoas estão se destacando dentro de´um cenário adverso, demonstrando desempenho que merece algum tipo de retribuição a mais que o rotineiro. 

Até agora só falamos de crise. Mas ninguém aguenta só ouvir sobre crise, sem valorizar o que de bom ocorreu na performance da empresa e das pessoas. Até mesmo como reforço  para o que ainda vem pela frente, que não se sabe exatamente o que será. Mas como sair desse impasse?

É aí que surge o reconhecimento.

Em primeiro lugar sabendo algo mais sobre reconhecimento:

  1. A maioria avassaladora de nós aprende desde cedo que o reconhecimento de seus méritos é algo importante e gratificante para a vida. Estudos e pesquisas demonstram que as pessoas dão um valor todo especial ao reconhecimento e, para obtê-lo, lutam e se empenham com todas as forças em busca de uma sinalização que signifique a sua aceitação, seja pela família, por amigos, equipe de trabalho ou a empresa.
  2. A motivação que leva uma pessoa a ter um desempenho brilhante não é necessariamente função de um aumento de salário ou de uma promoção, mas de certos gestos no dia a dia que demonstram o reconhecimento verdadeiro por um trabalho bem feito.
  3. Organizações flexíveis, que incentivam atitudes de comprometimento e empreendedoras por parte dos seus colaboradores e que buscam com determinação a excelência, precisam estar atentas, estimulando um desempenho superior, acompanhando este desempenho e reconhecendo os casos de sucesso. O reconhecimento faz com que as pessoas se sintam vencedoras e os vencedores, em qualquer campo da vida, alimentam dentro de si uma forte motivação.

Em seguida assimilando as condições a serem consideradas para o êxito das ações de reconhecimento, para que haja sucesso na sua aplicação prática.

  1. Ocorrer tão próximo quanto possível do evento que lhe deu origem.
  2. Estar relacionado a algum fato ou ação que ambas as partes (quem premia e quem recebe a premiação) reconheçam como importante e a ele atribua valor.
  3. Ser feito de forma sincera, espontânea e com honestidade de propósito.
  4. Servir de estímulo aos demais, como referencial claro quanto ao desempenho esperado e encorajando-os a ousar e superar erros e limitações que porventura estejam apresentando.
  5. Ter a dimensão adequada à magnitude e importância do fato que lhe deu origem: seja quanto ao simbolismo da premiação, ao âmbito da divulgação, aos custos envolvidos, etc.

Todos gostam de ter os seus resultados reconhecidos .

Partindo dessas premissas – e considerando o momento em que nos encontramos - a escolha das formas de reconhecimento que serão utilizadas é um exercício de criatividade, sempre levando em conta as motivações individuais, os valores e a cultura organizacional.

Celebrar é sempre uma ótima forma de reconhecer resultados coletivos.

Para auxiliar nesse exercício de criatividade, você terá acesso neste aqui a um famoso livro que, além de aspectos conceituais sobre o tema, se propõe a indicar e comentar “1.501 maneiras de premiar seus colaboradores” (este é o seu título e o download pode ser feito livremente na web) com base em práticas adotadas por organizações de diferentes áreas e estudos de caso.

A intenção do autor é fornecer uma rica fonte de consulta para premiar indivíduos e equipes, contando algumas histórias e fornecendo dicas de como dizer aquele ‘obrigado’ de um jeito especial, fazer notas pessoais de elogio, dar folgas, promover um café da manhã ou lanche especial para a equipe, enviar  flores, conceder premiações, lembranças e tantas outras opções a mais.

Se você tem alçada suficiente na sua empresa para implementar algo desse tipo, de forma corporativa, a hora é agora. Afinal, como já foi dito, ninguém aguenta trabalhar só ouvindo falar de problemas.

Entretanto, ainda que a corporação como um todo não tenha adotado medidas neste sentido, nossa referência apresenta inúmeros exemplos de investimentos de baixo custo, mas de grande expressão de reconhecimento e gratidão que qualquer liderança, individualmente, pode adotar.

Fazendo muito bem ao ambiente e aumentando mais ainda o comprometimento do seu time com a empresa e os resultados. 

E a partir daí, quem sabe, a prática pode se estender a todas as áreas da empresa, porque o reconhecimento está entre os recursos mais poderosos para se elevar o entusiasmo, melhorar o desempenho e aumentar a permanência dos funcionários na empresa, nos bons e nos maus tempos.

Quer informações adicionais? Faça conato conosco.
contato@jbconsul.com.br