Observatório JB traz, nesta postagem, observações e exemplos sobre a tão comentada liderança situacional. Junto a um conjunto de lembretes preliminares estão apresentados, alguns insumos que reforçam a importância das habilidades múltiplas em liderança, para fazer face às circunstâncias das relações com as equipes. E para aprofundar o seu conhecimento há referências da melhor qualidade.
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Em segundo lugar, habilidade de lidar com pessoas – eu mesmo já convivi com líderes, dos mais permissivos aos excessivamente autocratas que enalteciam os seus singulares “métodos” como os mais eficazes, ignorando as vítimas e os prejuízos deixados pelo caminho.
Obviamente, só para exercitar um pouco o pensamento, se o líder não tem bom senso, provavelmente vai avaliar erradamente o estilo mais adequado a expressar diante das situações que pode enfrentar. E, em tais circunstâncias, a partir de uma avaliação inadequada, vai ter uma atitude imprópria às circunstâncias e/ou ao interlocutor. E o (mau) ciclo se realimenta por aí...
Nos dias atuais, quando a vida corporativa evidencia o enfoque situacional como o mais necessário - porque os cenários econômicos, sociais, etc. mudam, as características do mercado mudam, os recursos disponíveis mudam, os tempos de resposta mudam, as condições de vida e as demandas das pessoas mudam, enfim, praticamente tudo muda constantemente – essa ligação entre liderança e bom senso é posta à prova a cada momento.
Por isso mesmo, o principal requisito do líder sob o enfoque situacional é a capacidade de entender, analisar e definir a conduta mais adequada dentro de um cenário mutante a cada momento. Fazer uma leitura breve das circunstâncias e demandas do ambiente, conseguir adaptar-se rapidamente e atuar frente aos problemas de forma a resolvê-los, desempenhando o estilo de liderança mais adequado e com efetividade diante do contexto existente.
Em momentos de crise, então, encontramos terreno fértil para avaliar a liderança situacional, pois, nesse caso, o papel do líder é decisivo, podendo a sua conduta diante das circunstâncias e das respectivas equipes definir o caminho para o êxito ou o fracasso do empreendimento, seja ele qual for.
Exemplos não nos faltam de lideranças em processos e situações críticas com a conduta adequada. Só para tomar por base, vejamos o modelo de Steve Jobs, que pelos adjetivos e superlativos que recebeu durante a vida e que ainda ecoam no mundo corporativo, facilitará sobremaneira o entendimento dessa questão. Considerando que a sua história de vida é composta por inovação, crescimento, competitividade, queda, retomada, e outros ingredientes que caracterizam um cenário de mudança constante, creio que vale como um claro exemplo da necessidade de mudanças situacionais no exercício da liderança.
Segundo Walter Isaacson, autor de “Steve Jobs – A Biografia”, a essência de Jobs, “é que sua personalidade era indissociável da maneira como tocava a empresa. Jobs agia como se as regras normais não valessem para ele, e a paixão, a intensidade e a emotividade extrema que exibia no dia a dia eram coisas que também injetava nos produtos que criava. Não havia como separar sua petulância e impaciência de seu perfeccionismo.”
Em artigo escrito para a HBR, disponível em http://www.hbrbr.com.br/materia/verdadeiras-licoes-de-lideranca-de-steve-jobs, ele cita com riqueza de detalhes alguns segredos do sucesso das empresas lideradas por Jobs a partir da sua visão sobre a atuação do próprio Jobs.
Em termos de direcionamento sobre liderança tem tudo para ser um bom exemplo. De acertos, de enganos, de reviravoltas e, sobretudo, de sucesso.
Quanto ao livro de Isaacson, existe a possibilidade de obtê-lo por downlonad livre, na web, em versão autorizada para este fim.
Em ambos os casos, surgirão ingredientes com os quais
sempre é possível aprendermos algo.
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