segunda-feira, 23 de março de 2020

Gestão & Pandemia

Contribuições para um Plano de Contingência

Tendo em vista os recentes eventos com relação à pandemia que agora chegou ao nosso País, estamos preparando e distribuindo  um resumo de ações que podem ser implementadas nas empresas no sentido de minimizar os impactos dessa crise, com base em análise das medidas oficiais que vem sendo tomadas e em exemplos de experiências de diversas empresas que já estão agindo neste sentido, inclusive internacionais de países onde a COVID-19 já é assunto crítico.

As observações são divididas em 2 grupos, por tipo de abordagem:
Estratégica Operacional, a seguir indicadas:

Abordagem Estratégica – Responsabilidade Social da Empresa
A prevenção, o cuidado com as pessoas e a busca de soluções para reduzir os impactos são os pontos principais e estarão sempre em pauta nesta crise, onde de apropriação do que é estratégico é diretamente o impacto para os negócios e pessoas.. Mas, neste momento, com a evolução da situação, outros aspectos devem ser considerados estratégicos pelas empresas, a saber.
1. Atenção às medidas de governo e mercado - proteção às empresas
     Para isso é importante:
  • Acompanhar diariamente as notícias a respeito de medidas sobre o tema, consultando o conteúdo original diretamente no Diário Oficial da União e verificando as situações em que a sua empresa pode se enquadrar quanto a benefícios, flexibilidades, desobrigações, etc.
  • Considerar, ao analisar a aplicação das definições que envolvam flexibilização das relações de trabalho que,  se pelo lado da empresa, esta não deve ser sobrecarregada de custos insustentáveis nesse momento, pelo lado dos empregados existem necessidades básicas que precisam ser atendidas, sob pena não apenas de prejuízos pessoais e familiares, mas também o risco de uma crise social e humanitária.
  • Ter em mente que, em momentos de calamidade pública, como o que vivemos, o bom senso e uma adequada medida de consequências pode ter mais valor para uma visão de médio e longo prazos que o determinado pela fria letra da legislação.
  • Utilizar apoio especializado, quando necessário, para evitar incorrer em erros de interpretação que, mais adiante possam gerar prejuízos por uma decisão tomada no sentido contrário ao permitido.
  • Estar aberto a negociar com todas as partes: agentes do governo, acionistas, fornecedores, clientes, empregados e parceiros diversos.
 2. Cuidar das pessoas
      Para isso é importante:
  • Cumprir todos os protocolos hoje já existentes para a proteção, identificação e orientação dos empregados quanto à COVID-19.
  • Manter atenção para a ocorrência de COVID-19 entre os empregados ou familiares destes, orientando sobre os cuidados necessários e criando condições para evitar o contágio em outros funcionários.
  • Estabelecer comunicação de maneira transparente e clara com todos os funcionários, tendo como principal canal de acesso a área de Saúde e Segurança do Trabalho, o Departamento Médico, ou outro setor mais adequado de acordo com a realidade da empresa.
 3. Reduzir os impactos
      Para isso é importante:
  • Criar uma logística de operações com menor frequência de contatos e exposição dos clientes, e funcionários. Neste caso a estruturação de soluções eficazes para vendas online, atendimento telefônico ou outra mídia e entregas por “delivery”, por exemplo, podem ser decisivas.
  • Proporcionar condições tecnológicas para o trabalho em casa, realizando reuniões virtuais se for o caso, a fim de reduzir contato pessoal ao máximo.
  • Modificar leiautes de ambientes de trabalho, facilitando a ventilação, colocando maior espaçamento entre os postos de trabalho e outras modificações de processos que protejam as equipes em serviços que não devem ser interrompidos.
 4. Aprender
      Para isso é importante:
  • Avaliar os resultados das novas práticas de trabalho implementadas e analisar o que pode ser colocado em modo rotina);
  • Manter o hábito de acompanhar os principais indicadores de resultados, mesmo nesses meses atípicos. Mesmo não sendo úteis para comparações com a evolução da curva vinda dos meses anteriores ou com resultados de iguais meses de anos passados, os indicadores - principalmente para resultados de processos modificados - poderão vir a demonstrar performance que recomende, em tempos de “paz”, a sua adoção definitiva.
  • Observar, dos processos que parcial ou totalmente foram suprimidos, aquelas etapas que podem ser definitivamente descartadas quando a empresa retornar o ritmo normal.
  • Conscientizar-se de que, em situações como a atual, soluções que beneficiam apenas uma das partes terminam por ser inviáveis ou desastrosas. Todos deverão estar abertos a negociar, a ceder e na grande maioria dos casos a assumir alguma perda, em favor da manutenção de um mínimo equilíbrio nas relações, sejam elas de negócios ou humanas em seu sentido mais direto.

Abordagem Operacional - Ações Específicas

A seguir uma relação das 15 medidas práticas mais adotadas pelas empresas para a saúde dos empregados. Outras poderão ser implementadas de acordo com a  flexibilidade da gestão a sua empresa e a mudança de processos que se faça necessária no momento. 
1.     Implementar home office para atividades possíveis, com recomendações de segurança cibernética para evitar ataques em locais externos à corporação.
2.   Reforçar a higienização, tornando mais frequente a limpeza de maçanetas, corrimões, botões, painéis digitais, máquinas de café, etc. Devem estar limpos com o uso de álcool gel.
3.   Disponibilizar álcool gel e produtos de proteção trabalho, de acordo com a atividade, para utilização dos empregados é indispensável.
4.   Intensificar os cuidados de higienização dos locais de trabalho ao final da jornada diária.
5.   Criar grupos de trabalho para a crise que mantenham diálogo com participantes de todos os setores da empresa.
6.   Montar equipes para estruturar e implementar ações coletivas, tais como reforço da limpeza de áreas comuns, cancelamento de biometria, restrições de acesso e triagem de visitantes.
7.   Criar revezamento de horários de trabalho principalmente em salas de pequenas dimensões.
8.   Substituir reuniões físicas por videoconferências, provendo os participantes dos equipamentos e mecanismos de segurança cibernética necessários.
9.   Restringir os encontros presenciais a situações muito específicas e com poucas pessoas, estabelecendo distância de cerca de dois metros entre si.
10.  Flexibilizar as jornadas de trabalho para evitar que funcionários fiquem muito tempo expostos ao contato com o público ou usem transporte público em horário de pico.
11. Cancelar viagens nacionais e internacionais. As consideradas essenciais devem ser submetidas a aprovação em nível superior na empresa.
12. Distribuir panfletos aos funcionários e/ou realizar conversas presenciais com a direção e médicos para informar os empregados sobre os desdobramentos do Covid-19.
13. Disponibilizar na rede interna, vídeos informativos provenientes de fontes seguras, para orientação individual aos colaboradores que acessam essa rede em seus postos de trabalho.
14. Mudar turnos de horário de almoço e aumentar a ventilação das áreas de refeitório, restaurante, etc.
15.  Divulgar no âmbito da empresa e manter constantemente ativo canal de acesso aos empregados para consultas, respostas a dúvidas, orientações, etc. sobre questões ligadas às ações da empresa por conta da pandemia.

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