O painel abrange os 14 segmentos identificados como os mais vulneráveis à crise do novo coronavirus, responsáveis por um contexto que contempla 13 milhões de pequenos negócios que empregam 21,5 milhões de pessoas. E o relatório confirma o que já sabemos: de modo geral, toda a economia está sofrendo com a crise.
Vejam as informações:
As análises das
informações de cenário indicam que é preciso ter flexibilidade e planejamento
para se preparar para os próximos meses. Além disso, apontam que “negociação
de prazos e preços com fornecedores, mudança de modelo de negócio para
prestação de serviços à distância, a busca por crédito e qualificação podem ser
caminhos para aguentar a tempestade e se preparar para a retomada da
normalidade”.
Em quadros
demonstrativos para cada um dos 14 segmentos afetados, o trabalho detalha os seguintes
pontos: impacto já observado no Brasil; cenários e tendências; dicas e boas
práticas recomendadas; e fontes para consulta. A referência dessa pesquisa é o movimento em final
de julho, comparativamente ao período pré-pandemia.
A título de “degustação”
Observatório JB vai revelar o resumo de algumas análises sobre o impacto já observado em cada um desses 14 setores considerados
críticos.
|
SEGMENTO |
CENÁRIOS E TENDÊNCIAS |
1 |
Comércio
varejista |
Leve perspectiva de melhora. Valorização
das empresas que estão adotando protocolos de segurança e higiene nas suas
operações. Continua crescente e recorrente a compra online. |
2 |
Moda |
Leve tendência de melhoria,
mas ainda a níveis significativamente inferiores aos da pré-pandemia. |
3 |
Serviços de
alimentação |
Estabilização, após uma
ligeira melhora em comparação com início da crise. Esforços de empresários
com o delivery e take away suficiente apenas para amenizar a queda,
que segue em patamares preocupantes. |
4 |
Construção civil |
Dos itens consultados,
o cimento foi o que teve maior aumento: 95% das empresas identificaram
alteração nos valores cobrados, segundo a CBIC. Esse aumento pode complicar o
reaquecimento gradual do setor. |
5 |
Beleza |
Leve melhora, ainda
bastante abaixo do período pré-crise |
6 |
Logística e
transporte |
No setor como um todo,
o relaxamento das medidas de isolamento pode demandar retorno da atividade
econômica mais acentuada. Mas as tendências em segmentos específicos apresenta
variações distintas, a conferir no relatório. |
7 |
Oficinas e peças
automotivas |
A comparação com junho
de 2019 revela queda de 32%. Uma tendência é que com uma quantidade maior de
carros usados circulando haja demanda por serviços de manutenção. |
8 |
Saúde |
Produtos que ajudam a
prevenir o contágio continuarão sendo muito procurados (exemplo: álcool gel,
máscaras, suplementos e vitaminas). Serviços médicos não urgentes tendem a
estabilizar-se após queda da demanda. Telemedicina continua com tendência de
crescer nesse período. |
9 |
Educação |
Suspensão de aulas nas
instituições formais gera projeção de aumento e adoção de plataformas de
aprendizagem digitais. Tendência de aumento no número de pessoas procurando
qualificação à distância. |
10 |
Turismo |
Alguns destinos turísticos
retomaram as atividades permitindo que empresas do setor voltem a
funcionar. Contudo, os potenciais turistas não se sentem seguros para viajar,
face à pandemia no país. |
11 |
Artesanato |
Pequena melhora.
Melhores perspectivas para quem trabalha com sistemas de entregas. |
12 |
Indústria de base
tecnológica e Energia |
Indústria demandada. Exemplo:
plástico de uso único, que na pandemia passou de vilão a solução, como
elemento de proteção à vida. |
13 |
Pet shops e serviços
veterinários |
Estabilidade com
possível leve melhora, mas ainda em níveis inferiores aos da pré-crise. |
14 |
Economia criativa |
Um dos segmentos mais
afetados, aparenta ter chegado à estabilidade, embora em patamar bem inferior
ao pré-crise. |
Para obter informações mais detalhadas sobre o seu
setor específico, consulte acesse o relatório do SEBRAE, “Boletim
de Impacto e Tendências Setoriais”.
O IBGE no curto prazo:
Outra indicação
interessante para acompanhar o movimento das empresas e do mercado neste
período de crise é a nova pesquisa Pulso Empresa, do IBGE,
que tem o objetivo de estimar os impactos da pandemia do COVID-19 na economia
brasileira, com foco nas empresas não financeiras representativas das
atividades de Indústria, Construção, Comércio e Serviços.
A coleta de dados da
Pesquisa é realizada quinzenalmente e teve início em 15 de junho de 2020, por
meio de entrevista telefônica assistida por computador (Computer Assisted
Telephone Interview - CATI) em todo o território nacional.
A grande vantagem
para quem utiliza este tipo de informação como base de análise e tomada de
decisões é a sua atualização quinzenal, o que na dinâmica dos dias atuais vem
bem ao encontro das necessidades dos empresários e executivos.
O IBGE observa que
as estatísticas são classificadas como experimentais e devem ser usadas com
cautela, pois são estatísticas novas que ainda estão em fase de teste e sob
avaliação. Entretanto, já é possível observar informações relevantes, como por
exemplo:
- 53% das empresas brasileiras enfrentaram dificuldade em realizar pagamentos de rotina, como tributos, fornecedores, salários, aluguéis, etc. Esse quadro é pior para o setor de serviços, com percentual de 60%. Tal quadro acende o alerta para uma possível onda de inadimplência e disputas judiciais a respeito de passivos acumulados durante a pandemia.
- Entre as empresas que estavam fechadas na 1ª quinzena de junho, 39,4% encerraram atividades por causa da pandemia.
Como dentro das
crises encontram-se também as soluções, essas duas pesquisas contribuem para uma
nova perspectiva, de tempo e perfil de análise, que permite produzir respostas
e opções para as situações geradas por este verdadeiro vendaval que varre a nossa
sociedade – em especial a economia - neste momento.
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