segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Alguns impactos da pandemia na Economia - O que fazer

Observatório JB apresenta trabalhos de duas fontes de pesquisas, ambas tendo como foco estimar os impactos da pandemia do COVID-19 na economia brasileira. Produzidas por entidades do porte de SEBRAE e IBGE dão um recorte e perspectiva adequados às circunstâncias atuais da economia e sua influência nas empresas e mercados.
Tempo aproximado de leitura:  8 minutos
 
Muito Oportuno:
Atualizando informações com dados de pesquisas publicadas recentemente sobre os principais impactos da COVID-19 nos pequenos negócios em nosso país, vamos ver, inicialmente, uma amostra dos resultados obtidos no “Boletim de Impacto e Tendências Setoriais” produzidos pelo SEBRAE, a partir de informações dos empresários e em relatórios de mercado.
O painel abrange os 14 segmentos identificados como os mais vulneráveis à crise do novo coronavirus, responsáveis por um contexto que contempla 13 milhões de pequenos negócios que empregam 21,5 milhões de pessoas. E o relatório confirma o que já sabemos: de modo geral, toda a economia está sofrendo com a crise.

Vejam as informações:
As análises das informações de cenário indicam que é preciso ter flexibilidade e planejamento para se preparar para os próximos meses. Além disso, apontam que “negociação de prazos e preços com fornecedores, mudança de modelo de negócio para prestação de serviços à distância, a busca por crédito e qualificação podem ser caminhos para aguentar a tempestade e se preparar para a retomada da normalidade”.
Em quadros demonstrativos para cada um dos 14 segmentos afetados, o trabalho detalha os seguintes pontos: impacto já observado no Brasil; cenários e tendências; dicas e boas práticas recomendadas; e fontes para consulta. A referência dessa pesquisa é o movimento em final de julho, comparativamente ao período pré-pandemia.
A título de “degustação” Observatório JB vai revelar o resumo de algumas análises sobre o impacto já observado em cada um desses 14 setores considerados críticos. 

 

SEGMENTO

CENÁRIOS E TENDÊNCIAS

1

Comércio varejista

Leve perspectiva de melhora. Valorização das empresas que estão adotando protocolos de segurança e higiene nas suas operações. Continua crescente e recorrente a compra online.

2

Moda

Leve tendência de melhoria, mas ainda a níveis significativamente inferiores aos da pré-pandemia.

3

Serviços de alimentação

Estabilização, após uma ligeira melhora em comparação com início da crise. Esforços de empresários com o delivery e take away suficiente apenas para amenizar a queda, que segue em patamares preocupantes.

4

Construção civil

Dos itens consultados, o cimento foi o que teve maior aumento: 95% das empresas identificaram alteração nos valores cobrados, segundo a CBIC. Esse aumento pode complicar o reaquecimento gradual do setor.

5

Beleza

Leve melhora, ainda bastante abaixo do período pré-crise

6

Logística e transporte

No setor como um todo, o relaxamento das medidas de isolamento pode demandar retorno da atividade econômica mais acentuada. Mas as tendências em segmentos específicos apresenta variações distintas, a conferir no relatório.

7

Oficinas e peças automotivas

A comparação com junho de 2019 revela queda de 32%. Uma tendência é que com uma quantidade maior de carros usados circulando haja demanda por serviços de manutenção.

8

Saúde

Produtos que ajudam a prevenir o contágio continuarão sendo muito procurados (exemplo: álcool gel, máscaras, suplementos e vitaminas). Serviços médicos não urgentes tendem a estabilizar-se após queda da demanda. Telemedicina continua com tendência de crescer nesse período.

9

Educação

Suspensão de aulas nas instituições formais gera projeção de aumento e adoção de plataformas de aprendizagem digitais. Tendência de aumento no número de pessoas procurando qualificação à distância.

10

Turismo

Alguns destinos turísticos retomaram as atividades permitindo que empresas do setor voltem a funcionar. Contudo, os potenciais turistas não se sentem seguros para viajar, face à pandemia no país.

11

Artesanato

Pequena melhora. Melhores perspectivas para quem trabalha com sistemas de entregas.

12

Indústria de base tecnológica e Energia

Indústria demandada. Exemplo: plástico de uso único, que na pandemia passou de vilão a solução, como elemento de proteção à vida.

13

Pet shops e serviços veterinários

Estabilidade com possível leve melhora, mas ainda em níveis inferiores aos da pré-crise.

    14

Economia criativa

Um dos segmentos mais afetados, aparenta ter chegado à estabilidade, embora em patamar bem inferior ao pré-crise.

Para obter informações mais detalhadas sobre o seu setor específico, consulte acesse o relatório do SEBRAE, “Boletim de Impacto e Tendências Setoriais”.

O IBGE no curto prazo:
Outra indicação interessante para acompanhar o movimento das empresas e do mercado neste período de crise é a nova pesquisa Pulso Empresa, do IBGE, que tem o objetivo de estimar os impactos da pandemia do COVID-19 na economia brasileira, com foco nas empresas não financeiras representativas das atividades de Indústria, Construção, Comércio e Serviços. 

A coleta de dados da Pesquisa é realizada quinzenalmente e teve início em 15 de junho de 2020, por meio de entrevista telefônica assistida por computador (Computer Assisted Telephone Interview - CATI) em todo o território nacional.

A grande vantagem para quem utiliza este tipo de informação como base de análise e tomada de decisões é a sua atualização quinzenal, o que na dinâmica dos dias atuais vem bem ao encontro das necessidades dos empresários e executivos.
O IBGE observa que as estatísticas são classificadas como experimentais e devem ser usadas com cautela, pois são estatísticas novas que ainda estão em fase de teste e sob avaliação. Entretanto, já é possível observar informações relevantes, como por exemplo:

  • 53% das empresas brasileiras enfrentaram dificuldade em realizar pagamentos de rotina, como tributos, fornecedores, salários, aluguéis, etc. Esse quadro é pior para o setor de serviços, com percentual de 60%. Tal quadro acende o alerta para uma possível onda de inadimplência e disputas judiciais a respeito de passivos acumulados durante a pandemia.
  • Entre as empresas que estavam fechadas na 1ª quinzena de junho, 39,4% encerraram atividades por causa da pandemia.

Como dentro das crises encontram-se também as soluções, essas duas pesquisas contribuem para uma nova perspectiva, de tempo e perfil de análise, que permite produzir respostas e opções para as situações geradas por este verdadeiro vendaval que varre a nossa sociedade – em especial a economia - neste momento.

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