Hoje o foco está em gestão de processos, assunto que torna-se mais importante a cada momento. Crises de grande magnitude como esta afetam, cedo ou tarde, a maioria das organizações e fazem com que as decisões tomadas possam colocar em jogo a sobrevivência das empresas e dos empregos de muitas pessoas. Além do mais, o tal de "novo normal" já está aí.
Para demonstrar a premissa a partir da qual a gestão de processo é decisiva no contexto atual, serão indicadas e comentadas inicialmente algumas informações de recentes pesquisas realizadas no país e no exterior, com empresas de diversos segmentos e portes, com os links de ambos os trabalhos assinalados para permitir acesso às informações completas e detalhadas. Em seguida, então, são acrescentados os comentários e as orientações práticas sobre a gestão de processos em tempos de pandemia.
Começamos pelo trabalho divulgado pela Revista Fortune, que realizou pesquisa entre CEOs de empresas da lista dos 500 da Fortune em 2020, partindo de uma questão básica: “Como as maiores empresas americanas lidam com a pandemia de coronavírus?”. Alguns resultados da pesquisa merecem destaque face ao impacto em transformações de curto, médio e longo prazos e por isso estão a seguir comentados.
Começamos pelo trabalho divulgado pela Revista Fortune, que realizou pesquisa entre CEOs de empresas da lista dos 500 da Fortune em 2020, partindo de uma questão básica: “Como as maiores empresas americanas lidam com a pandemia de coronavírus?”. Alguns resultados da pesquisa merecem destaque face ao impacto em transformações de curto, médio e longo prazos e por isso estão a seguir comentados. |
No primeiro quadro vemos que a maioria dos executivos (52,4%) estima para 2022 o retorno da atividade econômica aos níveis anteriores à pandemia. |
No quadro central é questionada a previsão para o retorno de pelo menos 90% da força de trabalho aos locais de trabalho originais. 46,4% dos executivos avalia este prazo a partir de 2021; 26,2% afirma que isso nunca vai acontecer. |
No último quadro a pergunta é sobre a previsão de data para o retorno das viagens a serviço aos níveis anteriores à pandemia. A maioria dos executivos (51,1%) acredita que isso jamais vai acontecer. |
75% dos executivos consultados na pesquisa da Fortune, afirmaram que, nas suas empresas, um dos efeitos desta crise está sendo acelerar o ritmo da transformação digital. A percepção sobre os efeitos da crise na aceleração do ritmo da transformação digital é um dos itens cujos resultados são ratificados aqui no Brasil pela pesquisa recentemente promovida pela consultoria Resultados Digitais, a Endeavor e a Revista PEGN. Com amostra de 1.180 empresas, o trabalho questionou: o impacto que a covid-19 já causou nas organizações; as principais ações tomadas até agora; as necessidades mais urgentes, e qual a expectativa que as lideranças consultadas têm quanto ao futuro, com foco na retomada. Para objetivar o uso do seu tempo aqui estão algumas informações e conclusões.
Atualmente estamos vivenciando uma crise que despontou de repente e ainda não tem um horizonte de tempo previsto para terminar. As empresas vivem sob o risco de aprofundar mais ainda as drásticas reduções já ocorridas nos fluxos de caixa e a necessidade de transformar os modelos e estruturas dos negócios. Por outro lado, o que antes estava no campo do prognóstico já encontra evidências em pesquisas como as comentadas aqui: o novo processo definido hoje é referência para adoção definitiva na retomada. Com menor custo e melhor resultado.
Com respostas assertivas e rápidas a maioria das empresas produziu soluções tais como: trabalhos em home office; negócios via e-commerce; entregas por delivery; aceleração no ritmo da transformação digital; reuniões e treinamento com utilização de plataformas de comunicação remota, etc. Simplificar processos é questão de sobrevivência. Entretanto, na vida normal das empresas, mesmo com colaboradores competentes ou consultores experientes, pouco se produz em termos de simplificação de processos. Seja porque a alta direção não consegue perceber os ganhos com a melhoria dos processos, porque não quer tomar decisões que desagradem seus gerentes intermediários ou ambas as alternativas combinadas. O que deveria ocorrer a todo tempo passa agora a ter que ser feito em momentos críticos e por emergências extremas. No contexto atual, em termos de gestão de processos é vital: decidir pelo redesenho dos processos chave do negócio; designar para este trabalho profissionais que possam efetivamente contribuir para respostas adequadas aos problemas; ir ao encontro das soluções com medidas imediatas; planejar e aplicar planos de contingência e indicadores de resultados. Durante uma crise, o número e a importância das decisões a serem tomadas levam à necessidade de agir de forma estruturada, analisando e medindo com regularidade os resultados obtidos, tendo como referência alguns aspectos prioritários para a sua execução. Na prática isto significa que os pontos chave para o sucesso são:
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