terça-feira, 9 de junho de 2020

O "novo normal" na prática

A maioria das pessoas já deve estar saturada do assunto “novo normal”.  Atitude que não merece críticas, principalmente devido à enxurrada de profecias que podem demonstrar muita sabedoria e perspicácia, mas pouco contribuem para a vida real das empresas.

Consistente à premissa de trabalhar em soluções adequadas às realidades e expectativas do nossos Clientes, este Observatório abre os trabalhos com duas afirmativas que definem a linha da publicação de hoje.

1.    O "novo normal" já está aí: chegou com o covid-19. Temos muitas informações e poucas certezas mesmo em países com pesquisa evoluída e que tomaram contato com o vírus a mais tempo. Todos estão reaprendendo e as empresas que possuem gestão mais ágil estão conseguindo melhor adaptação ao quadro atual, com transformações na sua forma de atuação e mesmo no seu foco em termos de produto ou mercado.

2.    A tecnologia é apenas um meio: não um fim. É importante entender que a utilização dos mais atuais e eficazes recursos de tecnologia da informação e comunicação, não representa qualquer diferencial competitivo no ambiente de negócios se as pessoas que vão executar os processos de trabalho para levar produtos/serviços aos clientes e informações aos tomadores de decisões, não conseguem  dar as respostas esperadas, no tempo certo e na qualidade exigida. Além do mais, como todos os principais concorrentes migrarão para plataformas digitais, fica evidente que o diferencial não estará neste fator.

Assim, independentemente de tudo o que está sendo (bem) lembrado sobre a necessidade de tecnologia no salto para a “transformação digital”, os principais temas que devem ocupar o tempo e as prioridades de empresários e executivos neste período chamado de “novo normal” são pessoas e processosAí, sim, estão os diferenciais competitivos.

O que implica em implementar modelos de estrutura e de liderança com menos burocracia, tornar os processos mais ágeis, aplicar maior atenção à qualidade de produtos e serviços, reorganizar os times e capacitá-los.

A propósito, para atualização em detalhes sobre o que há de mais recente em utilização, também nos centros avançados, fica a sugestão de pesquisar no sempre atualizado site do Board of Inovation

No mundo corporativo, pesquisas recentes revelam que há mais agilidade por parte das empresas nos últimos três meses do que nos últimos anos, com  muitas correndo para praticar a “transformação digital” ou, pelo menos, fazer com que a Tecnologia da Informação funcione a favor das pessoas que mais contam neste contexto: clientes e trabalhadores.

Para identificar as respostas certas neste jogo uma palavra chave é empatia, porque, salvo algumas raras exceções, todos nós - empresários, executivos, clientes, fornecedores, empregados, etc. estamos de alguma forma remexidos internamente pela mesma montanha russa de medos, apreensões e incertezas. Por motivos às vezes diferentes; mas com os mesmos sentimentos. Empatia é a palavra chave para pessoas.

Além disso, não há mais dúvidas que as avaliações de desempenho anuais, os planejamentos de longo prazo, os indicadores de resultados, etc. passam a ter outros referenciais – de performance, de horizonte de tempo, de quantitativos, de resultados, etc.- agora diretamente influenciados pela transição que ocorre durante essa crise, onde agilidade é a palavra chave para processos.

E isto vale para empresas de todo porte: das grandes, com estruturas mais robustas e maior capacidade de investimentos às menores, de pequeno porte, que juntas têm enorme significado na nossa economia. E considerando que nem todos sabem navegar em um ambiente que se tornou muito mais digital e dinâmico, é tempo de reaprender.

Em convergência com tal perspectiva a revista PEGN cita, entre outras matérias interessantes neste tema, resultado de pesquisa com foco em inovação, realizada em 2019, demonstrando que “apenas 25% das empresas possui um design organizacional que favorece a inovação e só 30% trabalham com métodos ágeis”. 
Outro dado interessante é a informação de pesquisas dando conta que neste momento inicial, um tanto confuso para todos, grandes corporações colocaram seus funcionários para trabalhar de casa sem muita preparação e isso acabou dando certo - considerando as expectativas. Uma constatação que pode ser animadora e injetar mais confiança para um necessário e rápido processo de transformação, entendendo-se definitivamente que a transformação digital e, por extensão, dos processos de trabalho, acontecem principalmente por intermédio das pessoas.
Em termos de gestão de estrutura e de processos a simplificação é a ação mais recomendada no momento porque, eliminar um processo ou grupo de atividades produz resultados claros para o negócio, elevado grau de satisfação para o cliente, e condições que facilitam a retomada dos negócios em maiores volumes, no momento oportuno.
Em consequência passa a receber prioridade (de verdade) a atenção com o cliente (encantamento), o cuidado na seleção e preparação das equipes (times), a prática de novas formas de trabalhar em equipe (liderança) e o incentivo às novas oportunidades e modelos de negócio (inovação). Tudo isso com a convicção de que o erro faz parte do processo de inovação (uma nova perspectiva) e que a tecnologia, embora fundamental neste contexto, é apenas um meio.
Depois de todas essas informações já existe conteúdo suficiente para nos incorporar ao grupo citado no início deste texto, saturado do assunto, e colocar mãos à obra.
Até porque, não há mais dúvidas de que o tal de “novo normal” já está aí.

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