Observatório JB traz nesta postagem comentários e orientações específicas sobre aspectos da liderança. O foco aparente está em grupos de alta performance, mas a proposta de reflexão diz respeito ao seguinte: até que ponto uma crise como esta, que estamos todos enfrentando, nos indica que a liderança deveria ter sempre como meta a alta performance das equipes?
Tempo aproximado de leitura: 6 minutos
Olímpicos e vitoriosos
No ano de 2020 teríamos Jogos Olímpicos e, como sempre, o
assunto alta performance deveria ser fartamente comentado em todas as
mídias existentes, especializadas ou não. Para quem não lembra, os Jogos de
Tóquio foram atingidos pela pandemia do covid-19 e estão em processo de
convalescência, enquanto o mundo mantém expectativas de que eles sejam
realizados em 2021.
A ligação entre os Jogos e alta
performance é uma boa ponte, porque, para chegar à magia dos resultados – a
face visível dos ambientes olímpico e empresarial – a liderança de equipes de
alta performance tem importância especial, com uma complexidade bem maior que a
apresentada na condução de uma equipe com pretensões de resultados mais modestos
– nos esportes ou nas empresas.
Não por acaso, há bastante tempo, inúmeras lideranças do meio esportivo participam de workshops, encontros, seminários
etc. em corporações que pretendem implantar conceitos e técnicas de gestão para
equipes de alta performance, compartilhando o seu conhecimento e suas práticas
com executivos e outros gestores organizacionais. No Brasil e em outras
partes do mundo.
O que as lideranças do esporte afirmam como pontos chave para o sucesso
de equipes de alto desempenho, não difere em nada do que os especialistas em gestão
recomendam para o ambiente empresarial.
Competição e gestão
O primeiro desafio é a formação da
equipe. É óbvio que o conhecimento e as habilidades são importantes, seja na
formação de um grupo de pesquisadores, na equipe de um projeto transformador ou
em uma seleção de voleibol que tenha metas arrojadas quanto aos resultados. O
conjunto de competências individuais dos componentes precisa ser de tal qualidade
que proporcione condições para: participar ativamente na definição das próprias
metas; tomar decisões e solucionar problemas de forma autônoma, mas com foco no
resultado global; agir com assertividade;
administrar os conflitos; e, finalmente, criar uma atmosfera de incentivo e
confiança para atingir os próprios objetivos e dos demais.
Além disso, os membros desta equipe
devem estar cientes de suas próprias forças e fraquezas (sentimento de poder) e
ter a capacidade de se transformar, renunciando a atitudes e práticas pessoais,
quando necessário, para melhorar o desempenho do grupo.
A partir daí vem a parte dinâmica, da
preparação da equipe como tal e da condução do time aos resultados esperados. É
um trabalho que começa ainda na fase de formação e escolha dos membros que irão compor o time e que, para muitos, nunca termina.
Porque está dentro do papel das lideranças.
Todo empreendimento (não apenas esportivo ou empresarial), que pretenda
se manter com resultados em alto nível, tem como exigência básica formar,
desenvolver, desafiar e reforçar permanentemente os seus quadros.
Fazendo acontecer
No sentido de dar mais objetividade a este Observatório
e compartilhar recomendações de alguns especialistas, teóricos e práticos,
sobre o tema, seguem algumas indicações importantes para o exercício da liderança
de alta performance, contendo ações esperadas do líder para levar o seu time ao
sucesso.
Equipes de alta performance são, por
definição, exigentes. E requerem da sua liderança:
1. Sentimentos positivos.
2. Visão abrangente e inspiradora.
3. Forte empatia.
4. Habilidade para usar a própria inteligência emocional e a do grupo na
medida do necessário.
5. Entusiasmo na defesa das boas ideias e habilidade para
rejeitar as más assim que surgirem.
6. Respeito às dificuldades dos membros da equipe em lidar com as
mudanças.
7. Compromisso total com as pessoas.
Além disso, a liderança de equipes de alta performance, deve estar sempre preparada para:
1. Administrar conflitos, que surgem em função das características dos
seus membros e do nível de estresse ao qual, em geral, são
submetidos (vivem entre tapas e beijos).
2. Promover alto grau de coesão, sem perder o foco e a prioridade nos
resultados
3. Monitorar o clima organizacional no ambiente da equipe.
4. Descentralizar o poder, fazendo com que algumas lideranças emergentes,
promovam agregação e incentivem subgrupos ou membros específicos.
5. Incentivar a equipe a assumir riscos calculados.
O resto é história
Ou
melhor, é fazer história e contar histórias, o que vem rendendo uma atividade
intensa a que detém essa habilidade. Porque da mesma forma
que equipes de alta performance são “avis raras” em qualquer contexto, não se iludam: lideranças em condições de construir, estimular, manter e (obviamente) alcançar
os resultados planejados, são mais raras ainda!
A apresentação do início deste Observatório provoca: "...a liderança deveria ter sempre como meta a alta performance das equipes..." .
Para encerrar, retornando à provocação inicial colocamos uma questão em aberto para a sua reflexão:
Para quem está começando a se
interessar pelo tema, algumas recomendações de leitura:
- Com foco em equipes: Equipes de Alta Performance - Smith, Douglas K.; Katzenbach, Jonh R. / Ed. Campus.
- Com foco em
auto desenvolvimento: Gerência de Alta Performance - Harvard Business / Ed. Campus.
- Com interesse em pesquisas rápidas: Pesquise em sites especializados na web. Há publicações de artigos e pesquisas da melhor qualidade; é selecionar e ler.
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