Observatório JB traz nesta postagem comentários, exemplos e referências sobre delegação e sua importância como ação de liderança. Indica, ainda, evidências de como os próprios centralizadores acabam sendo vítimas de sobrecarga de trabalho, desgaste físico, emocional e mental. Por acréscimo propõe alguns caminhos para o desenvolvimento de ações de melhoria desta importante habilidade para qualquer gestor que pretenda obter o sucesso na busca de melhorar as estratégias, processos de trabalho e, em consequência, resultados.
Tempo aproximado de leitura: 6 minutos
Pesquisando...
Hélio Beltrão, reconhecido como notável administrador, cunhou
uma frase que afirmava "descentralizar pode ser arriscado, mas centralizar
é sempre catastrófico."
A falta de delegação é um aspecto da má gestão que pode determinar um freio à evolução da empresa e do ambiente corporativo. E determina, indiretamente, a possibilidade de maus resultados e perdas de eficiência e eficácia para as organizações.
O gestor que pouco (ou quase nada) delega impede o desenvolvimento
das competências daqueles que podem e precisam, para a sua evolução, de exposição
a atividades de maior complexidade e, mesmo para os próprios centralizadores, produz motivos para queixas por sobrecarga de trabalho, cansaço físico, desequilíbrio emocional e desgaste mental.
Nossa experiência e a
observação da maioria das pesquisas sobre gestão, indicam que as principais razões
pelas quais os líderes não delegam estão no comportamento ou na atitude destes,
e não no campo da capacidade técnica.
Aprofundando a análise nesses
comportamentos e atitudes observou-se, por acréscimo, que a insegurança está
quase sempre presente nas maiores causas identificadas, não raro travestida por
disfarces socialmente aceitáveis.
O conceito
Delegar alguma atribuição
exige identificar uma pessoa qualificada para assumir as novas atribuições, com atividades
de natureza mais complexa ou de maior responsabilidade que as atuais. Para
tanto o líder precisa ter a certeza de que o encargo atribuído pode ser
executado por aquele que recebe a delegação.
O que não exime a liderança de
acompanhar seu andamento de perto, sobretudo na fase inicial da transferência
de poder. Delegar é um processo gradativo e o acompanhamento vai se tornando mais espaçado no tempo à medida em que ambas as partes se sentem mais seguras nessa transmissão de encargos.
Os encargos, a autoridade e até o poder de decisão podem ser delegados. A responsabilidade final pelos erros e fracassos, no entanto, esta é intransferível, permanece com quem delega.
A prática...
Para identificação, registro e
possível administração na realidade das suas empresas – e mesmo para
autoanálise de alguns - estão a seguir indicadas as mais frequentes justificativas
registradas.
- Falta de experiência em delegar.
- Falta de confiança nos subordinados.
- Preferência pessoal pelo trabalho.
- Considerar que faz o trabalho melhor e mais depressa.
- Dificuldade para conseguir “cobrar” adequadamente os resultados.
- Ser admirado e respeitado pelos outros.
- Não quer parecer incompetente (perante chefe e/ou subordinados).
- Receio de comparação (os subordinados fariam melhor do que o líder).
- Dificuldades na comunicação interpessoal.
O assunto poderia ser estendido e detalhado, o que ocorrerá em
outra oportunidade. Por hora, para terminar, ficam algumas recomendações
básicas para quem quer começar a exercitar a delegação e ganhar firmeza, segurança e satisfação com os resultados que essa prática traz.
- Transmita claramente as orientações.
- Certifique-se de que as orientações foram entendidas.
- Proporcione os recursos necessários.
- Acompanhe periodicamente a execução das ações delegadas.
- Reforce, elogie, premie os acertos e faça com que os erros sejam objeto de aprendizagem.
- Mantenha o controle comparando com os resultados esperados.
- Exercite, pratique e experimente a delegação mais amplamente.
Se ainda há dúvidas...
Autores consagrados afirmam, há muito tempo, que o êxito de uma
administração descentralizada está estreitamente ligado a um eficaz sistema de
controle. Delegar não significa abrir mão de planejar e controlar.
O bom planejamento constrói bases para decisões acertadas e o
controle assegura o acerto da execução, com a definição de check points
adequados, que evitam o desvio excessivo e permitem ajustes para o alcance dos
resultados previstos.
Quanto mais a disponibilidade em delegar é desenvolvida em alguém,
mais a pessoa estará apta para grandes empreendimentos (ou carreiras) de
sucesso. Além do mais, se é verdade que também se aprende com os erros, quem
fica apenas na fase de preparação, na teoria, na conjectura, vai sempre ser
imperfeito e insatisfeito por não ter se dado condições de aprender com os
erros da “vida real”.
Informações detalhadas, pedido de reunião ou interesse em temas afins: contato@jbconsul.com.br
ou (21) 9999-52440 (também no WhatsApp)
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