quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Liderança e transformação organizacional

 Observatório JB traz nesta postagem informações e comentários sobre experiências para uma boa condução de movimentos de transformação organizacional, à luz da importante participação da alta direção como agente de definição e patrocinador de processos empresariais dessa natureza. São citados alguns obstáculos que conduzem a falhas no processo e apresentados caminhos que podem conduzir ao êxito na transformação empresarial.

Tempo aproximado de leitura:  5 minutos

Vida corporativa

Quantas vezes ouvimos falar (ou presenciamos) empresários ou executivos que incorrem no equívoco de ler um livro ou artigo, assistir a uma palestra ou vídeo, enfim, tomar contato com informações novas em termos de gestão e tentar fazer a importação do modelo externo diretamente para a sua realidade, sem prévia reflexão sobre as ações necessárias para a preparação do ambiente.

Uma boa parte das estórias sobre programas de transformação organizacional frustrados - publicadas em textos irônicos, charges e piadas sobre líderes e lideranças, e que circulam frequentemente pelas redes sociais - é criada a partir de projetos onde faltou o cuidado de se realizar, pelo menos, uma análise prévia e a preparação do ambiente.

O novo pelo novo não agrega valor. É necessário que ele produza benefícios e ganhos ao ambiente da empresa e aos resultados do negócio.

Transformar-se é preciso

Toda transformação, mesmo que seja espontânea e para introduzir melhorias, requer esforço e é difícil, porque nos obriga a sair de nossa "zona de conforto".

No âmbito empresarial não é diferente e, por isso mesmo, na grande maioria das organizações – de qualquer natureza - ideias novas nem sempre são bem-vindas. O que torna o campo mais complexo e requer maior atenção da direção e das lideranças em geral.

É importante admitir que os principais obstáculos são de natureza pessoais/personalistas e, por isso, tornam difícil aceitar racionalmente que os processos aplicados há muito tempo possam ter possibilidade de otimização.

Às vezes são fruto de um sentimento de posse por ter participado da criação do processo atual, em outras ocasiões surgem como tentativa de evitar a frustração pelo fato do seu trabalho não estar mais obtendo os resultados de antes, ou simplesmente representam uma recusa pela perspectiva do novo.

Neste cenário surge a conhecida “resistência à mudança” de lideranças, técnicos e mesmo por parte daqueles que seriam os potenciais beneficiários da transformação pretendida.

Ela se manifesta na recusa ou na interposição de obstáculos à implementação de novas práticas e, explícita ou implicitamente, contém um discurso, no qual são campeões os seguintes conteúdos:

  •     “Isso é muito teórico!”
  •     “Já foi tentado e não deu certo!”
  •     “Sempre foi assim, não há motivo para mudar!”

Liderar de perto o processo de transformação empresarial é das maiores responsabilidades da direção nos momentos de transição.

Superando a resistência

Para superar ou evitar a oposição indevida ao movimento de transformação, é necessário que o empresário, executivo ou profissional especialista mantenha prioridade em – pelo menos:  

1. Diagnosticar se existe, ou não, compatibilidade entre as novas práticas e padrões desejados e as principais (e boas) características da cultura organizacional da sua empresa – analisando com cuidado as experiências e os referenciais utilizados como modelo.

2. Indicar o caminho que permite à organização a passagem do estágio atual ao pretendido, esboçando um plano com ações para viabilizar tal transição – observando, dentro da própria empresa, a existência dos recursos necessários (inclusive humanos) para a travessia.

3. Demonstrar às lideranças as vantagens da transformação planejada, para a empresa como um todo e para o seu trabalho em particular – expressando conhecimento do que deve ser feito, convicção dos resultados e transmitindo tais atributos para todas as lideranças.

4. Entender que algumas pessoas poderão não se habilitar ou adaptar ao novo modelo – indicando com clareza os novos padrões de exigência em termos de desempenho e resultados, para que todos possam entender estes referenciais.

5. Controlar de perto o processo de mudança - designando profissionais habilitados, legitimando a chegada do novo e dando suporte aos que precisam de apoio para o ajuste.


Isto feito, terão sido evitados desgastes desnecessários e as possibilidades de êxito aumentarão bastante, com o caminho da transformação bem pavimentado.

Sem contar - não menos importante – que o empresário ou executivo escapará de ter o seu nome associado a um fiasco, em geral, de grandes proporções.


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