Observatório JB traz nesta postagem informações e comentários sobre experiências para uma boa condução de movimentos de transformação organizacional, à luz da importante participação da alta direção como agente de definição e patrocinador de processos empresariais dessa natureza. São citados alguns obstáculos que conduzem a falhas no processo e apresentados caminhos que podem conduzir ao êxito na transformação empresarial.
Tempo aproximado de leitura: 5 minutos
Vida corporativa
Quantas vezes ouvimos
falar (ou presenciamos) empresários ou executivos que incorrem no equívoco de
ler um livro ou artigo, assistir a uma palestra ou vídeo, enfim, tomar contato
com informações novas em termos de gestão e tentar fazer a importação do modelo externo diretamente para a sua realidade, sem prévia reflexão sobre as ações
necessárias para a preparação do ambiente.
Uma boa parte das
estórias sobre programas de transformação organizacional frustrados - publicadas
em textos irônicos, charges e piadas sobre líderes e lideranças, e que circulam
frequentemente pelas redes sociais - é criada a partir de projetos onde faltou
o cuidado de se realizar, pelo menos, uma análise prévia e a preparação do ambiente.
O novo pelo novo não agrega valor. É necessário que ele produza benefícios e ganhos ao ambiente da empresa e aos resultados do negócio.
Transformar-se é preciso
Toda transformação, mesmo
que seja espontânea e para introduzir melhorias, requer esforço e é difícil, porque nos
obriga a sair de nossa "zona de conforto".
No âmbito empresarial não
é diferente e, por isso mesmo, na grande maioria das organizações – de qualquer
natureza - ideias novas nem sempre são bem-vindas. O que torna o campo mais
complexo e requer maior atenção da direção e das lideranças em geral.
É importante admitir que os
principais obstáculos são de natureza pessoais/personalistas e, por isso, tornam
difícil aceitar racionalmente que os processos aplicados há muito tempo possam
ter possibilidade de otimização.
Às vezes são fruto de um
sentimento de posse por ter participado da criação do processo atual, em outras
ocasiões surgem como tentativa de evitar a frustração pelo fato do seu trabalho
não estar mais obtendo os resultados de antes, ou simplesmente representam uma recusa
pela perspectiva do novo.
Neste cenário surge a
conhecida “resistência à mudança” de lideranças, técnicos e mesmo por parte
daqueles que seriam os potenciais beneficiários da transformação pretendida.
Ela se manifesta na
recusa ou na interposição de obstáculos à implementação de novas práticas e, explícita
ou implicitamente, contém um discurso, no qual são campeões os seguintes conteúdos:
- “Isso
é muito teórico!”
- “Já foi tentado e não deu certo!”
- “Sempre foi assim, não há motivo para mudar!”
Liderar de perto o processo de transformação empresarial é das maiores responsabilidades da direção nos momentos de transição.
Superando a resistência
Para superar ou evitar a
oposição indevida ao movimento de transformação, é necessário que o empresário,
executivo ou profissional especialista mantenha prioridade em – pelo menos:
1. Diagnosticar se existe, ou não, compatibilidade
entre as novas práticas e padrões desejados e as principais (e boas) características
da cultura organizacional da sua empresa – analisando com cuidado as experiências e os
referenciais utilizados como modelo.
2. Indicar o caminho que permite à organização a
passagem do estágio atual ao pretendido, esboçando um plano com ações para
viabilizar tal transição – observando, dentro da própria empresa, a existência dos
recursos necessários (inclusive humanos) para a travessia.
3. Demonstrar às lideranças as vantagens da
transformação planejada, para a empresa como um todo e para o seu trabalho em
particular – expressando conhecimento do que deve ser feito, convicção dos
resultados e transmitindo tais atributos para todas as lideranças.
4. Entender que algumas pessoas poderão não se
habilitar ou adaptar ao novo modelo – indicando com clareza os novos padrões de
exigência em termos de desempenho e resultados, para que todos possam entender estes
referenciais.
5. Controlar de perto o processo de mudança - designando
profissionais habilitados, legitimando a chegada do novo e dando suporte aos
que precisam de apoio para o ajuste.
Informações detalhadas, pedido de reunião ou interesse em temas afins: contato@jbconsul.com.br
ou (21) 9999-52440 (também no WhatsApp)
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